segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Inception (A Origem)



Direção: Christopher Nolan
Roteiro: Christopher Nolan
Elenco: Leonardo DiCaprio, Ellen Page Ken Watanabe, Joseph Gordon-Levitt, Cillian Murphy, Marion Cotillard, Tom Hardy, Michael Caine, Pete Postlethwaite
Ano de lançamento (EUA): 2010
Vencedor do Oscar de Melhor: Efeitos Visuais, Fotografia, Mixagem de Som, Edição de Som
Indicado ao Oscar de Melhor: Filme, Roteiro Original, Trilha Sonora (Hans Zimmer), Direção de Arte

Ficção científica sobre grupo de espiões industriais que não invadem fisicamente suas empresas-alvo, mas sim mentalmente. Como? Entrando nos sonhos dos executivos e extraindo as informações de que precisam. Até que o riquíssimo Saito (Ken Watanabe) contrata (de forma chantagiosa) Don Cobb (Leonardo DiCaprio) e sua equipe para acabar com a empresa de seu rival moribundo Maurice Fischer (Pete Postlethwaite), inserindo uma idéia na mente do filho e herdeiro Robert Fischer (Cillian Murphy).

Christopher Nolan faz um trabalho de direção espetacular, através de um roteiro genial, escrito por ele mesmo. Nolan acredita na capacidade do espectador de raciocinar, e nunca dá explicações detalhadas de como funciona o esquema de realidade dentro de realidade dentro de realidade com que o filme brinca. O filme começa complexo e termina complexo, te deixa com idéias para pensar mesmo depois de assisti-lo várias vezes, mas sem deixar de encantar.

E Nolan faz isso com um surpreendente aproveitamento dos diversos recursos do longa, resultando numa construção perfeita. O experiente Hans Zimmer brinca com a canção “Non, je ne regrette rien” de Edith Piaf, de uma maneira maravilhosa, fazendo com que os momentos de suspense e ação fiquem ainda mais intrigantes com sua trilha sonora. Os efeitos especiais são fantásticos, e nunca forçados. Aliás, dentre os indicados a Melhor Filme desse ano, esse é onde a parte técnica se destaca mais, e com razão. Sem ela, seria quase impossível acreditar num sonho com trezentas camadas – nas quais até o tempo passa em velocidades diferentes.

Atores de ficções científicas geralmente passam despercebidos nas premiações. Mas o filme não funcionaria tão bem sem o seu excelente elenco. Todo o elenco merece aplausos pelas convincentes interpretações. Vou dar mais ênfase à maravilhosa Marion Cotillard, que encanta por sua beleza, ao mesmo tempo em que me dá medo, dando vida a Mallorie Cobb, mulher do protagonista. Destaco também Ellen Page no papel da arquiteta Ariadne (nome que tem tudo a ver com a personagem), sempre bem natural e segura de seu papel.

Entre minhas cenas preferidas estão as “aulas” que Cobb dá a Ariadne, e, claro, toda a sequência final de sonhos na tão planejada missão da equipe, principalmente o ônibus caindo na água e Arthur (Joseph Gordon-Levitt) “desafiando a gravidade” (hehehe) na segunda camada do sonho. Fico muito agoniado de pensar quantos anos Saito ficou preso no limbo.

Quanto ao final, Nolan deixa em aberto para várias suposições. Gosto de pensar que finalmente Cobb encontrou seus filhos de verdade, na realidade com que tanto sonhava.

Nota: 10/10

2 comentários:

  1. Eu já gosto de pensar que, como o totem usado para saber se você está sonhando ou não deve ser manipulado apenas pelo dono, e o peão de Cobb não é dele, e sim de sua esposa, ele nunca consegue saber realmente se está sonhando ou não. Ainda que na cena final o peão pare de rodar, não foi ele quem o fez! Portanto, o final é algo que jamais saberemos! E isso sim eu acho fantástico!

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  2. Ainda não vi todos os filmes que foram indicados ao Oscar na catégoria de melhor filme, incluindo o vencedor "The King's speech", mas dos que eu assisti esse foi o que eu mais gostei, por todo o mundo dos sonhos ao qual o filme nos transporta, toda história envolvendo o Leonardo DiCaprio e sua ex-esposa e pela forma que o filme termina sem que você saiba se o que ele esta vivendo é realidade ou sonho. Ele também impressiona muito nos efeitos especiais e trabalho de edição. Adoro esse filme

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