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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Indicados ao Oscar 2013

Todo ano o Oscar serve como desculpa pra eu tentar reativar meu blog morto. Dessa vez não consegui escrever sobre cada filme separadamente a tempo da premiação, então resolvi fazer um mega post falando minhas impressões sobre os indicados a Melhor Filme e fazendo alguns comentários sobre outras categorias.


Melhor Filme

Amour (Amor)
- ...
Filme triste define. Sério, deprê do início ao fim. E com um final não esperado. O tema é muito forte e muito real, tanto que várias situações me lembraram de fatos dos últimos meses de vida de minha bisavó morando em minha casa.
O filme é guiado quase que integralmente pelo casal protagonista, com excelentes performances. Montagem muito boa, detalhes muito bem colocados. Uma simbologia que achei maravilhosa  foi a ausência de trilha sonora. É um casal de músicos, que encontrava sentido na vida fazendo música, e com a velhice e doenças... bem, já deu pra entender, né?
Engraçado que apresar de todo o clima fúnebre e melancólico, não chorei quando vi. Oh oh oh Fiiilme triste que não me fez chorar.

Anne: "What would you say if no one came to your funeral?"
Georges: "Nothing, presumably."


Argo
- Meu filho, pode acreditar, estamos fazendo um filme!
Não estava dando muita atenção a esse filme porque foi um dos primeiros a ser lançado aqui no Brasil, e apesar da ótima recepção da crítica, a ideia de Ben Affleck como um dos melhores diretores do ano não estava encaixando muito bem na minha cabeça. Até que veio a vitória dos grandes prêmios do Globo de Ouro e precisei dar uma chance ao menino Ben.
E não é que o filme é super legal? Pela cara do poster achei que ia ser um filme chato sobre política, mas não é nada disso. Uma história tão criativa que é difícil acreditar ser baseada em fatos reais.
Ótimos atores, aspectos técnicos no lugar, tudo muito bem feitinho. Vale a pena assistir!

"If we wanted applause, we would have joined the circus."


Beasts of the Southern Wild (Indomável Sonhadora)
- Alô? Alô?
Não gostei. Sim, a menina recordista manda muito bem, guia o filme melhor que muita atriz grandinha, e mostra isso especialmente nas cenas finais. Mas sei lá, o filme como um todo não me convenceu muito, achei um pouco esquecível. Tenta mostrar de forma leve um tema pesado, mas pra mim não deu muito certo. Não entendi direito a metáfora dos mamutes de efeito especial meia boca la la la...  É, não é meu tipo de filme mesmo não...

"I see that I am a little piece of a big, big universe, and that makes it right."


Django Unchained (Django Livre)
- Mas ele é NEGRO!!!
Vi pouquíssimas coisas do Tarantino, mas já posso afirmar com certeza: GÊNIO! Roteiro muito bem escrito, estilo muito legal, personagens fortíssimos e atuações excelentes, coisas técnicas ótimas... Talvez um tanto quanto longo, mas as mortes piadas fazem valer o filme!
Preciso comentar a trilha sonora fantástica, misturando de Morricone a John Legend! Um espetáculo à parte.
Excelente filme!

Dr. King Schultz: "How do you like the bounty hunting business?"
Django: "Kill white people and get paid for it? What's not to like?"


Les Misérables (Os Miseráveis)
-Pois é, sou da Broadway...
O filme que mais esperei do ano passado me derrubou, sendo provavelmente minha maior decepção de lançamento.
Vamos às coisas boas boas: visual, figurinos, orquestração (lindíssima!), blablablas técnicos, Anne Hathaway (maravilhosa - sim, chorei com ela e só com ela), Aaron Tveit (sou fã dele há um bom tempo já - que facilidade pra cantar!) e as ótimas atuações.
Ué, o que sobrou pra falar mal? Pois é... Pra começar, acho que não gostei da história em si. Conhecia algumas músicas, mas nunca vi o musical inteiro e nem li o livro. Depois, a duração: longo e lento demais  - não acaba nuuuuuncaaaa. Por fim, o que mais me incomodou foi uma decisão de filmagem que a princípio eu achei que iria amar: a cantoria ao vivo. Claro, as cenas se tornam mais reais e cruas, mas meu ouvido doeu escutando o povo cantar por três horas, com timbres nem sempre muito agradáveis.
Mas não deixe de assistir. Apesar de tudo, é um filme super bem feito e vale pena dar uma chance a esse estilo diferente de filmar teatro musical. Muita gente gostou! E muita gente saiu no meio da sessão kkkkkk

Jean Valjean: "Who am I?"
Marius: "You're Jean Valjean..."


Life of Pi (As Aventuras de Pi)
- Olha, tigrinho! O Free Willy!
Há muito tempo os efeitos especiais de um filme não me impressionavam tanto. A equipe de "Life of Pi" merece aplausos por ter criado tanta coisa de CGI e que realmente faz você acreditar que elas são de verdade (ou no mínimo, te deixam na dúvida).
O ator que faz o menino Piscina fez um excelente trabalho, o roteiro é ótimo, o visual é incrivelmente lindo. A primeira cena mostrando o zoológico com a música indiana é uma graça! Já deu pra perceber que eu amei o filme, né?
Além de tudo, tem muuuuita coisa pra se pensar e levar pra vida - várias metáforas belíssimas. Esse com certeza é um filme que todos precisam ver e curtir, não importa qual maneira escolha pra fazer isso!
Não, eu não vou comentar sobre o plágio do livro

"Thank you Vishnu, for introducing me to Christ."


Lincoln
-Não vai me deixar voar?
Um filme cheio de ideias boas, cenas muito bonitas, visual ótimo, boas atuações, mas que não me convenceu.
Achei também muito lento e longo, ao mesmo tempo que instável algumas vezes. Um exemplo é a trilha, que apesar de eficiente, me incomodou nas partes"cômicas" suuuper engraçadas, quando começava a tocar um teminha country.
Bem, senhor Daniel Day Lewis fez um belo trabalho, com muita discrição e naturalidade. E até que gostei da  noviça Sally Field como a mulher dele.
É, pra mim foi mais um "Cavalo de Guerra" versão presidente americano... Não foi dessa vez que conseguiu me conquistar, Spielberg.

"I could write shorter sermons but when I get started I'm too lazy to stop."


 Silver Linings Playbook (O Lado Bom da Vida)
- To cansada, ué!
Um filme tranquilo, do jeito que eu gosto: comédia romântica com roteiro eficiente e atuações excelentes.
É o filme com menos cara de Oscar da lista, mas o que mais ganhou espaço no meu coração que coisa brega.
Adorei a história, os diálogos, as performances do Robert De Niro e da Jacki Weaver.
Não posso esquecer da trilha sonora muito bem colocada, com parte original do Danny Elfman (!!!) e trechos com Stevie Wonder e até West Side Story!
Por último falarei dos queridos protagonistas. Simplesmente amei a simplicidade e naturalidade na química dos dois. Bradley Cooper me impressionou muito tanto nas cenas mais leves quanto nas mais dramáticas de sua atuação. E, bem, a linda da Jennifer Lawrence tem se mostrado uma atriz super talentosa e competente. Assisti o filme três vezes e a cada vez achei sua performance melhor. É legal perceber os detalhes da naturalidade que ela coloca em todas as personagens fortes que ela faz, e a Tiffany não foge à regra.

Tiffany: "You know, for a while, I thought you were the best thing that ever happened to me. But now I'm starting to think you're the worst."
Pat: "Of course you do. Come on, let's go dance."


Zero Dark Thirty (A Hora Mais Escura)
- Matem-no. E bem morto.
Também achei que seria um filme chato sobre política tipo Lincoln kkk, mas me surpreendeu de uma ótima forma. Coisas técnicas excelentes, boas atuações (depois falo sobre a Jessica), excelente roteiro. Talvez um pouco longo. A cena da invasão da casa do Bin Laden é muita bem construída, achei que o suspense estava na medida certa.
Achei muito legal o modo da história ser contada - dividida em capítulos! -, através do amadurecimento da personagem principal, a mulher que "lidera" a operação "eba, vamos matar Bin Laden!". Minha querida Jessica Chastain está novamente ótima, conseguindo mostrar de forma muito natural essa evolução de sua agente Maya. Adorei sua última cena que me fez chorar, falando tanta coisa apenas com um choro meio contido.

"I'm going to smoke everyone involved in this op and then I'm going to kill bin Laden."

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Esse ano pra mim não tem nenhum favorito óbvio... Eu daria o prêmio pra "Life of Pi" e claro que adoraria se "Silver Linings Playbook" ganhasse, mas nunca nenhuma das duas coisas vai acontecer. Realmente estou no escuro esse ano, seja o que Deus ou os donos do Oscar quiserem.

Melhor Animação

Wreck-It Ralph (Detona Ralph)
- Mas o jogo tem meu nome!
Vi o filme hoje mais cedo e quando acabou o filme, comecei a chorar de um jeito que achei que não fosse conseguir parar (to soluçando até agora). Pra mim, esse foi o filme nível Pixar do ano, e não Brave. Realmente achei que a Disney se superou dessa vez e espero que continue nesse nível.
Adorei a premissa do filme: a construção do mundo dos jogos de fliperama é genial!!! Os visuais e trejeitos de cada personagem são uma obra de arte. O roteiro é ótimo e a história é tão bem contada que a gente releva os clichês e cenas feitas só pra criancinhas rirem. Me apaixonei pelo filme!!!

"Doomsday and Armageddon just had a baby and it is ugly!"

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Só vi esse e Brave, e sem sombra de dúvidas daria o Oscar ao grande Ralph!

Melhores Atores, Atrizes e Coadjuvantes

- Gente, eu não esperava!
Daniel Day Lewis é certeza. E vai ser lindo quando a Princesa da Genóvia ganhar seu primeiro Oscar (é emocionante ver uma atriz que começamos a acompanhar numa comediazinha da Disney evoluir tanto)!
Estou muito na dúvida quanto a quem vai levar o prêmio de Melhor Atriz. Parece que o ano vai ser da Jennifer ou da Jessica, mas acho que a Emmanuelle Riva (Amour) merece muito ganhar. Ator Coadjuvante? Espero que o super talentoso Christoph Waltz leve a estatueta pra casa.

Trilha Sonora e Canção Original
- Mais um! Mais um!
Dos que vi (ouvi), fico com Life of Pi. Mas tenho um grande carinho pelo Dario Marianelli (Anna Kareninna, qua ainda não vi) e sei que os nomes Williams (Lincoln), Newman (Skyfall) e Desplat (Argo) pesam muito.
De canção, detesto a Scarlett Johansson cantando (do filme "Chasing Ice"(???)), Suddenly (Les Mis) não é lá essas coisas, a do Pi funciona com a cena mas também não é nada de mais, a de Ted (Norah Jones) é só bonitinha, então está mesmo com cara de Adele pelo tema suuuper orignal de 007(que ganha qualquer coisa que tem o nome dela entre os indicados).

Coisas Técnicas
- Morram de inveja da nossa água digital!
Só espero que Pi leve o de Efeitos Especias. De todo o meu coração. E de toda a minha visão.
   
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A Academia está apostando em aumentar a audiência nessa 85ª edição da premiação, e quem vai apresentar é o Seth MacFarlene (Ted):

E nesse clima de carnaval fora de época festa, fizeram até um poster bem legal com todos os filmes que já ganharam o prêmio principal (clique pra ver direito):


terça-feira, 17 de julho de 2012

Brave (Valente - 2012)


Sinopse: Na antiga e mítica Escócia, uma jovem de cabelos despenteados e filha da realeza chamada Merida, prefere ser arqueira a princesa. Com isso, coloca em risco o Reino do pai e a vida da mãe. Para colocar tudo no lugar, Merida terá que lidar contra a magia e as forças da natureza.

Quando saiu a primeira notícia de que "Brave" seria feito, fiquei muito animado, pois seria o primeiro filme da Pixar no estilo conto de fadas Disney: tudo pra ser genial. Depois de uma longa espera e dificuldades - com direito a troca de diretor durante a produção -, as primeiras críticas foram saindo e o pior aconteceu. Fui ver o filme com a expectativa meio baixa.

Como sempre, a Pixar destrói no quesito visual. Cenários maravilhosos, caracterização dos personagens excelente, cabelo da Merida lindo e tals. Infelizmente, o roteiro desaponta. A história tem um potencial incrível, os temas e mensagens são bem trabalhados - apresar de super clichês -, os personagens são carismáticos, muitas piadas funcionam bem, mas fica faltando alguma coisa pra torná-la inesquecível e não vou saber dizer o que é.

Merida, seus cabelos ruivos e a luzinha do destino

A trilha sonora do escocês Patrick Doyle é bem, hã, escocesa exatamente esse som de gaita de foles na sua cabeça mas é bem bonita e funciona bem com o clima do filme. Já as canções originais - é, também foi uma surpresa pra mim o filme ter canções no meio da história - são muito fraquinhas e esquecíveis e ainda me colocam uma menina da voz ruim pra cantar. A música mais legal é a do Mor'Du, mas nem toca direito no filme.

A dublagem brasileira é ótima, sem Luciano Huck pra atrapalhar mas estou curioso pra ver em inglês porque o sotaque escocês dá um charme a mais pro filme - como dá perceber nos trailers.

"Mas e aí, o filme é bom?" Sim, muito legal. Só que não é "nível Pixar". E é isso que não deixa o filme inesquecível. Mas com certeza vale a pena conferir. Não se esqueça que depois dos letreiros tem ceninha extra =)

Ah é, e como todo filme da Pixar, tem filminho antes do filmão. Dessa vez é "La Luna" e é super bonitinho e bem feito.
Menininho de "La Luna"

Trailer com as vozes originais:

"If you had the chance to change your fate, would you?"

sábado, 24 de março de 2012

The Hunger Games (Jogos Vorazes - 2012)



Diretor: Gary Ross
Elenco: Jennifer LawrenceJosh HutchersonLiam HemsworthWoody HarrelsonElizabeth BanksLenny KravitzStanley Tucci
SinopseNa América do Norte do futuro, o país Panem mantém o controle sobre os cidadãos através de uma competição. 24 jovens, representantes de 12 distritos, têm que lutar entre si por sobrevivência. Depois que a irmã mais nova é convocada a participar no jogo, a garota de 16 anos Katniss Everdeen se voluntaria para substituí-la. Na competição, Katniss se vê obrigada a tomar uma série de decisões críticas para sobreviver, entre questões morais de amor e humanidade.


Como disse no post sobre John Carter, eu estava com um ótimo pressentimento sobre esse filme (sem nem saber por que). Não li o livro (mas é bem provável que agora eu leia) e não sabia nada da história. Para nooossa alegria minha felicidade, me surpreendi demais com o que assisti. Começando pelo fato de tudo acontecer num futuro sem data definida, que se mistura com elementos do passado de uma maneira muito legal.


Um dos elementos mais gritantes são as roupas. No início, a impressão que temos é de uma época mais antiga e de repente nos deparamos com uma espécie de Lady Gaga. Eu simplesmente amei o efeito disso.


Os temas retratados são bem fortes, como a crítica à guerra e ao BBB à  política manipuladora ("pão e circo"). A ideia de morte e sacrifício está sempre presente e assim todo o filme é uma grande aventura com um clima de tensão e tristeza. E claro, algumas doses de comédia e romance não poderiam faltar.


Vamos ao elenco. Jennifer Lawrence é simplesmente fantástica e como fez em "Inverno da Alma", guia o filme como algumas atrizes mais velhas nunca sonharam em fazer. Josh Hutcherson, o menininho de "Ponte para Terabítia", cresceu (descobri que temos a mesma idade e nascemos quase que na mesma semana, o que significa que eu também estou ficando velho e que ele teve mais sorte na vida do que eu) e fez um trabalho super competente. Aliás, todo mundo atua super bem, o que prova mais uma vez à saga Crepúsculo que é possível fazer adaptações de qualidade - incluindo todas as crianças - então vou destacar só mais o Satanley Tucci, ótimo com sempre.


A trilha sonora acompanha a tensão do filme, mas passa também a ideia de esperança. A personagem principal, Katniss, canta uma canção de ninar para a irmã mais nova e que tem tudo a ver com a segunda música dos letreiros, "Safe and Sound"- Taylor Swift feat. The Civil Wars. "Hold on to this lullaby, even when the music's gone". 


O filme tem seus probleminhas de alguns fatos (e tecnologias) sem a devida explicação, mas pra mim os pontos fortes foram tão fortes que ignorei os demais.


Como fui numa sessão lotada, foi difícil chorar com tanta gente atrapalhando, mas assim que assistir de novo com gente civilizada, aposto que vou me emocionar bem mais. Mal posso esperar pra ver novamente!

segunda-feira, 19 de março de 2012

John Carter (John Carter - Entre Dois Mundos - 2012)



Direção: Andrew Stanton
Elenco: Taylor KitschLynn CollinsSamantha MortonMark StrongCiarán HindsDominic WestJames PurefoyWillem Dafoe
Sinopse: Um veterano da Guerra Civil americana é capturado e levado para Marte, onde é mantido prisioneiro. Mas ele acaba se tornando o maior guerreiro de todos os tempos, vivendo diversas aventuras.


Estava muito curioso pra assistir esse filme principalmente porque a direção é do Andrew Stanton - responsável pelas obras-primas "Procurando Nemo" e "WALL-E". Estava na esprança de que ele repetisse a mágica que faz com animações, mas o resultado não foi bem esse.


A parte visual e técnica do filme é excelente - e o mérito ainda é maior por ser um live-action da Disney. O problema é que as cenas funcionam separadamente e não como um todo. Você está curtindo uma cena de ação super legal, do nada muda pra um diálogo "dramático" e em seguida está assistindo a um flashback do protagonista (????).


Mas, roteiro mal estruturado à parte, o elenco é eficiente e algumas construções de cena são muito interessantes, com direito a algumas sacadas bem surpreendentes.


Minha último é comentário é sobre a trilha sonora. Eu adoro o trabalho do Michael Giacchino, mas não curti tanto dessa vez. A trilha é boa, mas algumas coisas me incomodaram um pouco - como um piano que ele usou aleatoriamente em uma cena que não lembro agora.


Não sei se diria que "nooooossa, vale a pena assistir o filme", mas é uma boa opção pra quem for ao cinema até sexta (23/03), lançamento de "Jogos Vorazes" - acho que isso pode atrapalhar quando eu for assistir, mas estou sentindo que vou gostar bastante desse filme!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Extremely Loud and Incredibly Close (Tão Forte e Tão Perto - 2011)


Direção: Stephen Daldry
Elenco: Tom HanksSandra BullockThomas HornMax von SydowViola DavisJohn Goodman
SinopseCheio de imaginação, garoto de nove anos realiza busca em Nova York para encontrar a fechadura em que se encaixa a chave deixada por seu pai, morto nos atentados de 11 de setembro de 2001.


O último da minha listinha pro Oscar e assisti com a expectativa lá embaixo, pois só li críticas e comentários falando muito mal de praticamente todos os seus aspectos. E pra minha surpresa, eu ADOREI o filme!


O protagonista é um menino inteligente que nem o Hugo mas problemático com um toque de Nina de Cisne Negro, que precisa superar a perda do pai, além de entrar numa aventura para descobrir o porquê dele ter deixado um certo objeto como "herança" que nem o Hugo. Uma palavra que define bem o filme é "superação" e eu achei lindo o jeito que isso foi trabalhado.


O elenco é excelente, com os sempre ótimos Tom Hanks e Viola Davis, e uma ótima interpretação da Sandra Bullock - eu sou muito chato com ela em filmes dramáticos, mas realmente gostei da performance dela aqui. Eu particularmente adorei o personagem principal, Oskar Schell - com toda sua chatice - e amei a interpretação do ator (mais um novato promissor, Thomas Horn). E tenho que comentar, ele é a cara da Saoirse Ronan (lê-se Sirsha), que é uma das minhas "queridinhas":




O roteiro é cheio de frases, diálogos e silêncios de impacto, do jeito que eu gosto. A trilha é bem normal, mas eficiente (Alexandre Desplat, de novo) e o visual é lindo, cheio de cenas e imagens simbólicas. E pra fechar o "pacote de coisas que me fazem gostar num filme", me fez chorar. Minha maior surpresa dentre os indicados desse ano, com certeza foi esse filme!


De tantas frases que eu gostei, vou escolher essa pra fechar o post: "Do you need a hug?".

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Hugo (A Invenção de Hugo Cabret - 2011)


Diretor: Martin Scorsese
Sinopse: A vida de um órfão que vive em uma estação de trem na Paris dos anos 1930 e os mistérios que envolvem sua vida, seu pai e um robô.

O filme tem duas grandes "partes": a aventura de um menino - o Hugo - pra consertar um robozinho que me assusta autômato, a única herança deixada por seu pai; e uma grande homenagem ao cinema, principalmente ao cineasta francês Georges Méliès. Apesar de parecerem duas histórias desconexas, confesso que gostei bastante do jeito que isso foi trabalhado =) mas claro que podia ser melhor.  

Os primeiros 12 minutos foram suficientes pra me conquistar. Nessa introdução, antes de aparecer o título, já é feita a primeira apresentação dos personagens e do estilo do filme, incluindo o 3D - que é excelente. Sim, vale a pena ver o filme em 3D!

Fazendo valer suas indicações ao Oscar, o visual é lindo (fotografia, figurino, efeitos...) e a trilha é boa (Howard Shore). O elenco também é ótimo, e quero destacar as duas "crianças", Asa Butterfield e Chloë Grace Moretz. Asa que raio de nome é esse me chamou a atenção pelo olhar super expressivo. Já conhecia a Chloë e ela tem tudo pra entrar pra lista das minhas queridinhas ser uma grande atriz. 

Mas o que eu mais gostei do filme inteiro foi a visão de Hugo do mundo: uma grande máquina, em que cada mínima peça tem seu propósito.


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Moneyball (O Homem Que Mudou O Jogo - 2011)



Direção: Bennett Miller
Elenco: Brad PittJonah HillPhilip Seymour Hoffman
Sinopse (Cinema em Cena): Gerente de time de baseball consegue reunir um time competente mesmo sem ter condições de pagar salários altos.


Um filme bem legal sobre baseball. Poderia parar por aqui, mas vamos lá...


"Moneyball" é um filme benfeitinho, com boas atuações e bom roteiro mas que não precisava ir pro Oscar, cá pra nós, baseado em uma história real. Seria um ótimo filme pra passar numa aula de Gestão de Pessoas, pois uma das mensagens é o valor das pessoas: não se pode tratar ninguém só por estatísticas, tudo que envolve o ser humano é muito mais que pura matemática.


Além de mostrar o dilema de fazer o time "Oakland Athletics" subir na vida - que inclui demissões e discussões - o filme também mostra a vida pessoal do gerente do time, Billy Beane (Brad Pitt), como a relação dele com a filha. Ah, ela canta uma versão acústica de "The Show" (Lenka) e fica tão bonitinho que vou colocar aqui:


Uma curiosidade: o técnico Art Howe (da vida real) não gostou da interpretação que Philip Seymour Hoffman fez dele, dizendo que "não chegou nem perto de sua verdadeira personalidade" ,mas eu trocaria a indicação de Melhor Ator coadjuvate do Jonah Hill para o Hoffman sem problemas.


Pra fechar, uma fala muito sábia do Brad Pitt no filme: "You think losing is fun?"


The Tree of Life (A Árvore da Vida - 2011)


Direção: Terrence Malick
Elenco: Brad PittSean PennJessica Chastain
Sinopse (Cinema em Cena): A jornada de Jack pela inocência da infância e a desilusão da vida adulta, quando tenta se reconciliar com seu pai.

Li várias críticas falando hiper bem sobre o filme, por ser diferente, "not mainstream" e tals. E pensei que fosse gostar do filme por causa disso, mas me enganei. Achei muito chato! Claro que o filme é benfeito, o visual é lindo (dá uma olhada na imagem abaixo), tem algumas sequências muito bonitas, tem a Jessica Chastain, mas no geral não funcionou pra mim.



O diretor quis fazer uma super reflexão sobre o sentido da vida. O filme aborda desde a origem da vida (sim, o Big Bang), passando pleos amigos dinossauros em cenas que parece que mudamos para um documentário do Discovery Channel,  chegando ao drama da vida do Jack, tudo isso num roteiro de narrativa "não-linear", com poucas falas, lotado de simbolismos e muuuuuuito lentoA trilha sonora (Alexandre Desplat) me irritou pra caramba e se divide basicamente em silêncio e música clássica.


A outra coisa que gostei no filme além do visual foi o elenco. Preferi o Brad Pitt aqui do que em "Moneyball" e o menino que faz o Jack pequeno (Hunter McCracken) tem futuro. Jessica Chastain (de "The Help") é uma revelação e tem grandes chances de ganhar o Oscar em breve - ela será Lady Diana no filme "Caught in Flight".


Vou parar por aqui. Espero que outras pessoas aproveitem melhor o filme do que eu. Mas aviso que precisa de paciência! haha

Citação bonitinha e clichê do filme: "The only way to be happy is to love. Unless you love, your life will flash by."

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

War Horse (Cavalo de Guerra - 2011)



Direção: Steven Spielberg
Elenco: Jeremy IrvineEmily WatsonPeter MullanDavid ThewlisBenedict CumberbatchTom Hiddleston
Sinopse (Cinema em Cena): Adaptação do romance de Michael Morpurgo. Mesmo separados, um garoto e seu cavalo continuam ligados e sobrevivem aos horrores da Primeira Guerra Mundial.




Fiquei enrolando pra ver esse porque vi (li) muita gente falando ou mais menos, ou mal, ou muito mal do filme. Até que uma amiga (Verônica) falou bem e finalmente tomei coragem e resolvi assistir.


O visual é lindo, e gostei bastante da trilha sonora (John Williams). Os problemas pra mim foram o roteiro super Disney Channel e a duração do filme. Precisava de mais de duas horas pra contar essa história?


O elenco é bonzinho e tenho que comentar aqui que o Sherlock da série da BBC faz o Major Jamie Stewart. Sei lá, é legal vê-lo num filme normal... 


Outra coisa que me fez não gostar tanto do filme foi que eu não chorei (e eu geralmente choro muito em filmes emocionantes). Em vários momentos - tipo no final - parecia que ia cair uma lágrima, mas só saia água suficiente pra dar uma hidratadinha nos olhos.


É, acho que minha opinião vai ficar no mais ou menos mesmo.


E pra quem viu o filme, não tem umas cenas que dá vontade de assobiar com as mãos pra ajudar os personagens? =)


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

The Artist (O Artista - 2011)


Direção: Michel Hazanavicius
Elenco: Jean DujardinBérénice BejoUggieJohn GoodmanJames Cromwell 
Sinopse (Cinema em Cena): O filme se passa na Hollywood de 1927 e conta a história do astro de cinema George Valentin, que, enquanto se preocupa com o futuro de sua carreira com a chegada do cinema falado, se apaixona por Peppy Miller, uma jovem dançarina que busca o sucesso.




Filme francês, em preto e branco, mudo. Isso presta? E como!


"The Artist" é ótimo. Lembra bastante "Cantando na Chuva" - um dos meus filmes preferidos - por causa da temática e da história em si, mas os dois filmes encantam de maneiras totalmente diferentes.


Os dois protagonistas fazem um trabalho lindo. Jean Dujardin e Bérénice Bejo guiam todo o filme somente com a expressão corporal. Aliás, esse tipo de filme te faz lembrar como outros aspectos além da voz e da cor fazem toda a diferença. Um deles é a trilha sonora, super bem produzida.


Não posso esquecer do cachorro, Jack. Sua interpretação é tão boa que até lançaram uma campanha no Facebook chamada "Consider Uggie" (Uggie é o seu nome na vida real) pedindo pra que ele fosse lembrado nas premiações! 


Bom, agora só vendo o filme pra apreciar sua beleza e simplicidade em cada detalhe.


The Descendants (Os Descendentes - 2011)


Direção: Alexander Payne
Sinopse (Cinema em Cena): Matt King, um marido indiferente e pai de duas meninas, é forçado a reexaminar seu passado e abraçar seu futuro depois que sua esposa sofre um acidente de barco em Waikiki. O trágico acontecimento acaba por aproximar Matt das filhas, que o ajudam na difícil decisão de vender um terreno herdado da família.


No Globo de Ouro, ganhou o prêmio de Melhor Filme e Melhor Ator (ambos na categoria Drama). Mas sério que ESSE foi o mellhor filme do ano passado, e GEORGE CLOONEY o melhor ator? A história é legalzinha, elenco eficiente, mas melhor filme do ano? You gotta be kidding me.

Mas vamos às coisas boas. O legal do filme é a comédia sutil que é inserida diante da situação triste que é a esposa do George Clooney em coma (e todos os dramas que isso envolve). Vou destacar a inocência da filhinha de Clooney, interpretada pela estreante Amara Miller; o jeito "sem noção" do amigo da filha mais velha (o desconhecido Nick Krause); e a inexperiência no quesito família do próprio Clooney, a ponto de descobrir que até esse amigo está menos perdido na vida do que ele.

Outro bom destaque vai para as performances de Shailene Woodley como a filha mais velha e de Judy Greer como a esposa de um negociante.

O filme é bom sim. Só espero que não ganhe no Oscar os prêmios que ganhou no Globo de Ouro.

Midnight in Paris (Meia-Noite em Paris - 2011)



Direção: Woody Allen
Elenco: Owen WilsonRachel McAdamsMarion CotillardKathy BatesAdrien BrodyCarla BruniMichael Sheen.
Sinopse (adorocinema): Gil (Owen Wilson) sempre idolatrou os grandes escritores americanos e sonhou ser como eles. A vida lhe levou a trabalhar como roteirista em Hollywood, o que fez com que fosse muito bem remunerado, mas que também lhe rendeu uma boa dose de frustração. Agora ele está prestes a ir a Paris ao lado de sua noiva, Inez (Rachel McAdams). Estar em Paris faz com que Gil volte a se questionar sobre os rumos de sua vida, desencadeando o velho sonho de se tornar um escritor reconhecido.




Depois de mil anos, finalmente assisti "Meia-Noite em Paris". Todo mundo que assistiu antes de mim e comentou comigo disse que era ótimo, lindo, fofo e tals. Mas apesar de tantas recomendações, não vi o filme com a expectativa lá em cima e não sei se foi por isso mas gostei bastante.


O filme é bem legal, com um roteiro eficiente, bem Nárnia/Aulas de Literatura e História da Arte feelings e o melhor de tudo: 90 minutos de duração.


O elenco é super bom também. Não tenho muita simpatia pelo Owen Wilson, mas ele guia o filme muito bem. Temos ainda minha querida Rachel McAdams fazendo a esposa chatinha e a linda da Marion Cotillard como a amante de Picasso, além de outros grandes talentos nos papéis menores.


 Mesmo achando que não merecia a indicação ao Oscar de Melhor Filme, "Meia-Noite em Paris" é um filme muito agradável (é, sabia que uma hora ou outra eu ia acabar vendo, mas sim, minha grande motivação foi o Oscar).


Pra terminar de um jeito bem brega, uma liçãozinha do filme: não tem como ficar preso ao passado; é preciso viver o presente e fazê-lo valer a pena.